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Amazon faz parceria para abrir marketplace do Brasil a vendedores globais

A Amazon anunciou uma parceria nesta terça-feira (15) com a startup de soluções de pagamento uruguaia DLocal para trazer vendedores do mundo inteiro a seu marketplace no Brasil pela primeira vez. O acordo deve incluir mais produtos no e-commerce doméstico, antes restrito apenas a vendedores locais. Brasileiros já podiam comprar do exterior, mas sob alta taxa de importação no frete.

Centro de distribuição da Amazon em Cajamar (SP) (Imagem: Divulgação)

Centro de distribuição da Amazon em Cajamar (SP) (Imagem: Divulgação)

Vendedores do exterior serão pagos pela Amazon em dólar

Em maio, a Amazon lançou uma loja para comprar produtos do exterior dentro de seu site brasileiro. Ela tinha até a opção de parcelar o pagamento — mas a parceria com a DLocal é mais um passo a frente na direção de trazer aos brasileiros produtos de qualquer lugar do mundo.

Com o sistema de pagamento da startup, a Amazon pode fazer pagamentos em dólar para vendedores internacionais. Isso reduz custos operacionais da varejista no Brasil.

Michel Golffed, vice-presidente executivo da DLocal, afirma à Reuters que alguns vendedores internacionais já se cadastraram no domínio brasileiro, e outros devem aderir gradualmente. “A América Latina como região tem uma das maiores taxas de crescimento no varejo via e-commerce”, disse ele.

Em 2020, e-commerce registrou 300 milhões de pedidos

Em 29 de maio, a DLocal anunciou a abertura de uma oferta pública inicial (IPO, em inglês) na Nasdaq, segunda maior bolsa de valores do mundo. A estreia foi um sucesso: foram R$ 3 bilhões arrecadados pela empresa, com capitalização de mercado de R$ 45 bilhões. A companhia tem Dropbox e TripAdvisor entre seus principais clientes.

A DLocal oferece suas soluções de pagamento para 29 países da África, Oceania, Oriente Médio e América Latina – 13 estão no continente latino-americano. A empresa tem outra parceria com a Amazon no Chile. Para a startup, é uma conquista fazer com que fornecedores estrangeiros recebam em dólar por vendas no Brasil, devido à legislação e regulamentação do país, disse Golffed à Reuters.

Segundo a consultoria Neotrust, 300 milhões de pedidos foram feitos pela internet no Brasil em 2020. Só no último trimestre, foram 86,4 milhões de compras online, um crescimento de 51,5% na comparação anual. Isso elevou o faturamento do varejo para R$ 38,6 bilhões no período.

Com informações: Reuters

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