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Banco Mundial se nega a ajudar na implementação do bitcoin em El Salvador

O Banco Mundial, uma das mais importantes instituições financeiras internacionais, recebeu uma solicitação de El Salvador pedindo auxílio técnico na implementação do bitcoin (BTC) em sua economia. Porém, o órgão afirmou nesta última quarta-feira (16) que não poderia ajudar o país centro-americano devido aos problemas que a criptomoeda representa para o meio ambiente e para a transparência das finanças.

El Salvador é primeiro país a adotar bitcoin como moeda oficial (Imagem: David McBee/Pexels)

El Salvador é primeiro país a adotar bitcoin como moeda oficial (Imagem: David McBee/Pexels)

“Estamos comprometidos em ajudar El Salvador de várias maneiras, incluindo na transparência monetária e processos regulatórios”, disse um porta-voz do órgão internacional à Reuters. “Embora o governo salvadorenho tenha nos procurado para obter assistência sobre bitcoin, isso não é algo que o Banco Mundial possa apoiar, dados seus problemas ambientais e de transparência.”

El Salvador é primeiro país a oficializar bitcoin

O presidente Nayib Bukele, revelou que queria tornar a criptomoeda uma moeda oficial em El Salvador durante a conferência Bitcoin 2021, realizada em Miami no começo de junho. Quatro dias após seu anúncio, o Congresso salvadorenho já havia votado e aprovado seu projeto de lei, se tornando a primeira nação do mundo a oficializar o bitcoin. Agora, o país centro-americano busca resolver todas as complicações técnicas que envolvem a implementação de uma moeda digital privada na economia local.

Na manhã de quarta-feira, o ministro das Finanças de El Salvador, Alejandro Zelaya, disse que o país buscou a assistência técnica do Banco Mundial para auxiliar na implementação do bitcoin como moeda corrente paralela ao dólar americano.

Ele também afirmou que as negociações em andamento com o Fundo Monetário Internacional foram bem-sucedidas, embora o FMI tenha destacado na semana passada que viu “problemas macroeconômicos, financeiros e legais” na adoção oficial da criptomoeda. Na ocasião, Zelaya disse que a instituição “não era contra” a implementação do bitcoin em El Salvador.

Bitcoin prejudica relações internacionais

No momento, o país centro-americano depende das negociações com o órgão internacional para apaziguar as crescentes preocupações de investidores. Sem o apoio do FMI, El Salvador não tem como preencher as lacunas orçamentárias previstas até 2023.

Siobhan Morden, chefe de estratégia de renda fixa na América Latina da empresa de serviços financeiros Amherst Pierpont Securities, disse à Reuters que não há atalhos para os planos salvadorenhos. Ele destacou que as negociações com o FMI serão mais difíceis e que a recente adoção do bitcoin levanta até mesmo questões diplomáticas com os Estados Unidos.

Isso porque o principal objetivo na implementação oficial da criptomoeda é a sua funcionalidade prática nas transações internacionais. El Salvador depende financeiramente de remessas enviadas por migrantes salvadorenhos residentes em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Os serviços bancários geralmente taxam até 10% dos valores enviados, algo que o bitcoin deverá driblar.

Além disso, Bukele também desistiu de um acordo anticorrupção com a Organização dos Estados Americanos neste mês de junho, o que preocupou o governo dos Estados Unidos em sua iniciativa de conter a corrupção na América Central como parte de sua política de imigração.

Com informações: Reuters

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