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Casos de racismo e transfobia em esports marcam o mês de junho

O mês de junho foi marcado por diversos casos de streamers e jogadores banidos por racismo e transfobia. Hernan “hastad”, Pedro “Buxexa”, Welington “Racha” e o  do Corinthians Danilo Avelar foram punidos por organizações, plataformas de streaming e patrocinadores, devido a comentários ofensivos em lives e partidas de games online.

Buxexa, à esquerda, e Nobru, à direita (Imagem: Reprodução)

Buxexa, à esquerda, e Nobru, à direita (Imagem: Reprodução)

Vale lembrar que tanto injúria racial quanto transfobia violam não só os códigos de conduta dos jogos, como também o Código Penal brasileiro. Em casos como esses, é importante usar as ferramentas de denúncia dentro e fora dos games.

Hastad fez comentário racista em live de Valorant

Hastad (Imagem: Reprodução/Instagram @hernanklingler)

Hastad (Imagem: Reprodução/Instagram @hernanklingler)

O caso do banimento de Hernan “hastad” aconteceu em 17 de junho, quando o usuário @caiquelps postou, no Twitter, um vídeo no qual Hastad usava a palavra “preto” para ofender um parceiro de equipe durante uma partida de Valorant. Na ocasião, o jogador cometeu racismo durante uma live na Twitch.

O vídeo viralizou rapidamente nas redes sociais e logo chegou a nomes famosos dos esports, como Rafael “Rakin”, que baniu Hastad e a organização na qual ele fazia parte — a Slick — da próxima edição da Copa Rakin.

Hastad ainda perdeu os contratos com patrocinadores, como a ExitLag e a Redragon. A Slick também suspendeu o jogador “de qualquer envolvimento com a organização por prazo indeterminado”. Além disso, a equipe ofereceu apoio psicológico profissional ao streamer.

A Twitch, mesmo não se pronunciando publicamente, baniu Hastad da plataforma, em 18 de junho. Até o momento, o streamer segue com o canal desativado. Antes, ele já havia sido suspenso duas vezes por outras infrações, mas recuperou a conta após sete dias em ambos os casos.

Buxexa e Racha foram transfóbicos em live de Free Fire

Buxexa, à esquerda, e Racha, à direita (Imagem: Reprodução)

Buxexa, à esquerda, e Racha, à direita (Imagem: Reprodução)

Streamer de Free Fire, Pedro “Buxexa” cometeu transfobia durante uma live, no dia 19 de junho. Na ocasião, o jogador se referiu à influenciadora Marcella Pantaleão como “mulher de três pernas” e disse que ela “era um homem”.

Em um vídeo postado no Twitter pela conta @babblerfreefire, Buxexa e Welington “Racha” aparecem fazendo os comentários transfóbicos enquanto debocham de Bruno “Nobru”, por ele ter curtido uma foto de Marcella, que é transexual.

Nas redes sociais, tanto Buxexa quanto Racha postaram pedidos de desculpas. Já Marcella publicou um vídeo no qual, chorando, disse que iria buscar a Justiça para resolver o caso. Enquanto isso, Nobru também chorou em um vídeo, mas por outro motivo: ele assumiu a culpa pelos comentários transfóbicos de Buxexa e Racha.

“Isso tudo é culpa minha. Não consigo nem falar, sei que o que eles [Buxexa e Racha] fizeram foi errado, mas eu gosto muito deles. Eles são pessoas de coração bom”, comentou Nobru.

Logo após o vídeo da denúncia ser publicado, a organização Fluxo comunicou que havia cancelado o contrato de Buxexa com a equipe de Free Fire. A Garena também se posicionou, banindo Buxexa e Racha da plataforma de streaming BOOYAH! e do programa de influenciadores da empresa.

Danilo Avelar cometeu racismo em CS:GO

Danilo Avelar (Imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Danilo Avelar (Imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

O caso mais recente envolveu o ex-jogador de futebol do Corinthians, Danilo Avelar. No dia 22 de junho, o atleta estava jogando Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e chamou outra pessoa na partida de “fih (filho) de rapariga preta”.

No Twitter, o usuário @obdfps postou uma print do chat do jogo com o comentário de Avelar, que usava o apelido “D.A35” no game. Depois disso, o atleta assumiu a autoria da fala racista e se desculpou pelo ocorrido. Ele ainda alegou ter ofendido o outro jogador por supostamente ter sido alvo de comentários xenofóbicos antes.

O ato racista de Avelar resultou no banimento dele da plataforma de matchmaking Coliseum.gg. Em comunicado, o site disse repudiar “veementemente esse tipo de pensamento e conduta”. Além disso, o Corinthians decidiu encerrar o contrato de Avelar com o clube.

Com informações: The Enemy, Globo Esporte.

Casos de racismo e transfobia em esports marcam o mês de junho

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