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Aspirador robô iRobot Roomba e5: prático, mas nem sempre inteligente

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Os robôs aspiradores estão aparecendo cada vez mais na vida das pessoas, com mais marcas trazendo seus produtos para o Brasil e a mais conhecida delas, a iRobot, tem uma quantidade grande de opções. Um dos modelos de entrada da empresa americana é o Roomba e5, que segue o visual tradicional destes produtos, enquanto evolui ideias das versões ainda mais econômicas da linha 600.

Ele não tem a câmera apontada pro teto, aspira a sujeira em uma forma aparentemente randômica, mas exibe muitos momentos de inteligência e faz bem o trabalho de cobrir uma área generosa da casa com apenas uma carga. Existem problemas chatos também e eu tomei nota de todos para te contar nos próximos parágrafos como foi a minha experiência com o Roomba e5 nas últimas semanas.

Análise do Roomba e5 em vídeo

Aviso de ética

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.

O Roomba e5 foi fornecido pela iRobot por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design

O Roomba e5, por cima, não pretende e nem se esforça para mudar o visual já característico deste tipo de produto. O robô aspirador é redondo, feito em plástico e mesmo assim passa uma sensação ótima de produto bem acabado, sem rebarbas ou partes soltas, o que vale até mesmo para partes móveis.

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Por cima ficam três botões, sendo um para voltar para a base de carregamento, outro para focar a limpeza ao redor do Roomba e5, com um último para iniciar a limpeza sem limite de tempo. Ainda perto dos botões estão sensores que indicam a conexão com a internet, nível de bateria e se alguma coisa está errada.

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

A frente é mais protuberante por conta dos sensores que detectam paredes, junto de um infravermelho que também ajuda nesse trabalho. Por baixo ficam mais sensores, sendo um para identificar que o Roomba pode cair da escada, com outro mais escondido e que é responsável por detectar sujeira mais pesada.

O compartimento para o pó fica atrás e ele é removível para limpeza – que pode ser feita até com água.

Compartimento para o pó (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Compartimento para o pó (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Limpeza e conectividade

Toda a limpeza é feita com ajuda de três partes: o motor que aspira o pó, uma pequena vassoura que puxa a sujeira dos cantos e duas escovas emborrachadas que ajudam no trabalho de levar as coisas pro compartimento de pó.

Este é um dos principais pontos de evolução quando o Roomba e5 é comparado com toda linha 600. Neste modelo de testes a iRobot substituiu as escovas com pelinhos por um par emborrachado, que sofre muito menos com fios longos como os de cabelo e dos pets. Toda a manutenção também é mais fácil. Basta tirar as duas partes verdes e remover qualquer coisa enrolada. O mesmo vale para a vassourinha do canto, onde uma chave de fenda remove o componente para limpeza.

O movimento do Roomba e5 é feito por tato e não por visão. Ele não tem como saber como é o local de limpeza, então vai batendo, vira e segue em outra direção. Ao primeiro olhar esse comportamento parece puramente aleatório, mas existe um algoritmo por aqui para detectar paredes e quinas, seguindo esses caminhos e até realizando curvas fechadas de quando em quando.

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Como a limpeza acontece ao bater nos cantos, nos meus testes o Roomba passou múltiplas vezes em um cômodo, deixando outros menos limpos e até não passando por outros. Só na terceira tentativa de limpeza de toda a casa, o robô chegou até a cozinha.

Outro detalhe importante do próprio sistema de navegação deste Roomba, é que muitas vezes ele fica perdido dentro de um local aberto, com obstáculos em vários lados. O robô vai batendo para tudo que é lado até encontrar uma forma de sair e isso pode levar algum tempo.

No geral, a poeira foi removida em praticamente todo lugar, junto de qualquer coisa pelo caminho. Seja um pedaço pequeno de papel, grãos maiores ou pêlos do meu cachorro e cabelos humanos. O poder de sucção promete ser cinco vezes maior do que o presente na linha 600 e, por aqui, foi o suficiente para limpar um tapete não muito alto. Falando deste momento, o Roomba e5 não tem um detector de pisos para aumentar a potência do motor, como fazem modelos mais caros.

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Subir em tapetes ou sair de fios no chão é um trabalho tranquilo, já que o próprio robô identifica essas situações e força o motor das rodinhas.

O Roomba e5 pode ser controlado pelos botões que já falei, ou então por aplicativo da própria iRobot. Nele você pode iniciar uma limpeza, ajustar o tempo limite dela e até mesmo agendar a faxina. Com a localização do smartphone liberada, dá até para configurar para que o robô comece a limpeza sempre que o usuário sair de casa. Além disso, é possível utilizar a Alexa ou o Google Assistente para comandos de voz. São simples, mas funcionam bem.

App para o iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

App para o iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Alertas também são enviados pelo app, como lembrete para esvaziar o compartimento de pó, um pedido de socorro quando o Roomba ficou preso em algum lugar da casa, ou até mesmo alertas para limpeza dos sensores, que deve ser feita de tempos em tempos.

Roomba e5: vale a pena?

O Roomba e5 é uma boa compra sim, desde que você entenda suas limitações. Ele faz bem a limpeza básica para tirar pó do chão, sabe onde está mais sujo e precisa de uma atenção especial e tudo isso acontece com bateria para 90 minutos de trabalho. Como esse modelo não tem sistema de mapeamento, ele vai limpar até o compartimento de pó ficar cheio, ou a bateria acabar, o que vier primeiro. Em ambos os casos o robô volta sozinho para base de carregamento e te avisa no app.

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

iRobot Roomba e5 (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Ele substitui um aspirador de pó tradicional? Não, nem ele e nem mesmo qualquer outro aspirador robô. Os modelos redondos não conseguem alcançar as quinas e alguns lugares são muito baixos para qualquer Roomba entrar. Tem também toda a poeira que não está no chão, o robô não pega essa.

Então, voltando a pergunta: vale a pena? Sim, o Roomba e5 vai te dar uma mão na limpeza diária e vai manter pêlos de pets do chão sempre longe de você. Eu sinto falta de um sistema de navegação inteligente para mapear o ambiente e assim limpar com mais eficiência, como acontece em toda linha 900, S e i, mas colocar esse recurso faria o e5 pular de categoria e ficar mais caro.

No momento da publicação deste review o preço sugerido do Roomba e5 é de R$ 3,6 mil. É caro, mas é um conforto agradável para quem puder comprar.

Aspirador robô iRobot Roomba e5: prático, mas nem sempre inteligente

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