O Facebook pode ser obrigado a vender o Giphy devido a uma investigação antitruste. A análise da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) — uma espécie de Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), fazendo o paralelo com o Brasil — levou a preocupações de que a compra da plataforma, feita por US$ 400 milhões, poderia representar uma ameaça à concorrência.
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O Facebook comprou o Giphy em maio de 2020. Na época, a companhia afirmou que metade do tráfego da plataforma de GIFs já vinha de seus aplicativos (Facebook, WhatsApp e Instagram). Entretanto, o Giphy também fornece imagens para outras empresas, como TikTok e Twitter.
Segundo Stuart McIntosh, presidente da CMA, a aquisição do Giphy poderia permitir ao Facebook obter vantagem sobre outras empresas do segmento ao retirar GIFs.
“O Facebook poderia começar a retirar GIFs de plataformas concorrentes ou solicitar mais dados dos usuários que quisessem usar [o Giphy]”, explicou McIntosh, segundo a Reuters.
A CMA também descobriu que o Giphy planejava expandir seus negócios no setor de publicidade — logo, a compra pelo Facebook também estaria retirando um possível novo concorrente do mercado.
Facebook rebate acusações de monopólio
Apesar das questões levantadas pela CMA, o Facebook disse em entrevista à BBC News que discorda das conclusões da entidade — de acordo com a empresa, elas “não são baseadas em evidências”.
O Facebook diz ainda que a fusão é de interesse de pessoas e empresas no Reino Unido e no restante do mundo, e afirma que continuará a contribuir com a CMA para “resolver o equívoco”.
A revisão final da CMA deve acontecer no dia 6 de outubro. Além da entidade, outros órgãos reguladores também estão analisando o processo de compra do Giphy.
Com informações: Reuters, BBC News.
Facebook pode ter que vender Giphy após investigação no Reino Unido
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