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Huawei Band 6: design ousado e recursos de saúde

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O mercado de smartbands é extremamente movimentado e a Xiaomi, com a sua popular Mi Band, vem ditando as tendências para o setor há muito tempo. Felizmente, a Huawei resolveu entrar mais agressiva nesse mundo —, agora com a Huawei Band 6. Apostando num visual de smartwatch, a pulseira fitness da chinesa tem tela AMOLED de 1,47 polegada, bateria para até 14 dias de uso, oxímetro de pulso e aproximadamente 100 modos de treino.

A estratégia da empresa é oferecer um rastreador fitness popular, porém com uma experiência de relógio inteligente embarcada. E, para isso, a marca pede R$ 549. Será que eles fizeram um bom trabalho? E como fica a Mi Band 6 agora? Eu venho usando a Huawei Band 6 há semanas e compartilho a minha análise a seguir.

Análise da Huawei Band 6 em vídeo

Aviso de ética

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.

A Huawei Band 6 foi fornecida pela Huawei por empréstimo e será devolvida à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design e tela

O novo design da Huawei Band 6 representa um grande amadurecimento da Huawei e eu analiso que essa estratégia pode abrir caminhos para novas possibilidades em todo o setor. Desde o seu lançamento global, o wearable chamou a minha atenção pela semelhança com o Huawei Watch Fit, um smartwatch básico da empresa que se saiu muito bem nos testes do Tecnoblog, em janeiro deste ano.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Band 6 está disponível em quatro cores: preto grafite, verde, laranja e rosa. Eu testei o modelo escurecido, que, convenhamos, é bem “sem graça”, por ser sóbrio demais. Como já esperamos de um dispositivo como este, o acabamento é simples, com polímero, trazendo um reforço com fibra de vidro e pulseira de silicone. Segundo a Huawei, a correia do gadget passou por tratamento UV, o que, consequentemente, ajuda a evitar irritações na pele.

E, realmente, no dia a dia, a smartband não gera incômodos e, mesmo na hora de dormir, eu não senti desconfortos. Entretanto, nem tudo é perfeito. Você até já encontra outros tipos de pulseiras no mercado para este aparelho, porém remover o acessório original da Band 6 é um desafio e tanto. Para quem pratica exercícios na piscina ou na praia, é bom saber que o produto tem resistência à água em até 50 metros de profundidade.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Os relógios da Huawei sempre entregaram telas excelentes e a empresa manteve esse “padrão de qualidade” na atual pulseira fitness. Agora, ela aposta num painel AMOLED de 1,47 polegada com resolução 368 x 194 pixels. Assim como eu comentei no review da Mi Band 6, esse upgrade no display favorece a exibição de mais recursos e, com apenas um toque, você acessa rapidamente o monitor de batimentos cardíacos e o contador de passos, por exemplo. Além disso, o brilho é forte, a definição dos ícones e textos é boa, assim como a visualização em ambientes abertos.

Recursos de saúde e rastreamento fitness

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Huawei Band 6 continua entregando o essencial para você conseguir rastrear a saúde e o condicionamento físico. Ao todo, são 96 modos de treino disponíveis, 66 a mais que a Mi Band 6. Corrida, caminhada, esteira, ciclismo interno e externo, natação, remo, elíptico, ioga, pilates, crossfit, HIIT, badminton, tênis e pular corda são alguns dos exercícios disponíveis no aparelho. Para quem deseja acompanhar a saúde mais de perto, o gadget é capaz de monitorar os passos, a frequência cardíaca, a saturação de oxigênio no sangue (SpO2), o sono, o nível de estresse e o ciclo menstrual.

Comecemos, então, pela análise do sensor de frequência cardíaca que não me passou muita segurança. Em vários momentos, sempre em repouso, o dispositivo apresentava medições muito elevadas em relação ao Apple Watch Series 6 e à Mi Band 6, que têm sensores confiáveis, na minha opinião. Em outro cenário, após um exercício, eu percebi que a Huawei Band 6 fornecia batimentos médios inferiores do que estou acostumado. Exemplificando, no elíptico eu, geralmente, registro 168 bpm, mas a Band 6 ficava em 134 bpm, uma diferença grande no meu caso.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O oxímetro, que vem ganhando cada vez mais atenção nas smartbands atualmente, se mostrou preciso, sem exibir números tão incompatíveis com a situação atual no teste. O sensor também não é tão lento quanto o da Mi Band e sempre interrompe a medição quando detecta um movimento que possa prejudicar a mensuração.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

No passado eu elogiei o monitor de sono da chinesa em análises de relógios e reafirmo aqui a excelência neste review da Huawei Band 6. A tecnologia, chamada de TruSleep, impressiona por ser detalhada, apresentando os estágios do sono (REM, leve, profundo), e pela exatidão: o wearable mostra a hora exata que eu acordei e acerta. O aplicativo Huawei Health ainda compartilha uma nota para a sua noite de sono, explica o que é avaliado e dá dicas para você dormir melhor. A empresa está de parabéns pelo excelente recurso e eu espero que ele continue assim.

Em rastreamento fitness, ela fica devendo GPS integrado para quem corre, faz caminhada ou ciclismo, porém não é um problema, porque a maioria dos gadgets dessa categoria também não entrega a tecnologia. Ainda assim, eu consigo aproveitar o GPS do celular para conseguir ter todos os detalhes do percurso. A Band 6 ainda pode detectar quatro exercícios: caminhada, corrida, elíptico e remo, isto é, um menos que a pulseira da Xiaomi que, além desses, pode detectar ciclismo.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Os dados do seu treino ficam salvos automaticamente no Huawei Health, que me agrada por ter uma navegação simples, layout limpo, mas sem deixar o detalhamento de lado. Na caminhada, por exemplo, o app fornece a vigência do treino, calorias queimadas, ritmo médio, velocidade, passos, frequência cardíaca, dentre outras informações. Todas as métricas podem ser enviadas automaticamente para o Apple Health ou para o Google Fit. No entanto, eu gosto tanto do aplicativo da Huawei que opto sempre por fazer as análises por ele.

Recursos de smartwatch e bateria

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em recursos de smartwatch, a Huawei Band 6 não tem nada de muito diferente em relação aos rivais, entretanto há muitas inconsistências no software. Ela pode espelhar as notificações do celular, mas não é possível respondê-las e, em algumas ocasiões, eu percebi um delay nessa comunicação; caracteres especiais até são exibidos, porém o device não suporta emojis. Outro recurso tão simples e popular — o player de música — me deixou intrigado, porque eu simplesmente não o encontrava no sistema da Band 6; navegando pelo site da empresa, eu descobri que o controle de reprodução de faixas não é compatível com o sistema iOS, apenas Android.

O obturador, usado para tirar fotos com o celular via smartband, só é compatível com telefones Huawei executando a EMUI e, claro, também não funciona no sistema da Apple. Definitivamente, nesse quesito, o dispositivo da chinesa deixa muito a desejar e vale ressaltar que a Xiaomi Mi Band 6 tem todos esses recursos aqui citados e eles funcionam muito bem tanto no Android quanto no iOS. A lista de mostradores é bem extensa e a tela maior permite ter alguns “widgets”, que levam à tela de BPM, passos e previsão do tempo. Eu só senti falta de watchfaces animadas, que já encontramos na concorrência.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Ao menos na bateria eu consegui ter uma experiência positiva. A empresa garante até 14 dias com uso normal e até 10 dias se a pessoa exigir mais da pulseira fitness. Na prática, a autonomia é excelente e há um intervalo bem extenso para colocar o equipamento no carregador, jogando luz à eficiência energética do aparelho. Com o uso intenso, monitorando o treino, batimentos cardíacos, sono e a saturação de oxigênio no sangue, foi possível manter a Band 6 ligada por exatamente 10 dias, muito bom.

Huawei Band 6: vale a pena?

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Vale, mas ela com certeza não é para todo mundo. A Huawei Band 6 é um rastreador fitness básico muito competente quando se trata em monitorar a saúde e o condicionamento físico do usuário, isso para quem não é muito exigente, é claro. Basicamente, a fabricante aproveitou todos os bons recursos do Huawei Watch Fit e da série Watch GT, e trabalhou num visual mais simples, mas ainda ousado para a categoria. A fabricante acerta fortemente pela atualização no design, conforto e na tela AMOLED, que continua se sobressaindo pela qualidade.

Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Huawei Band 6 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O sensor de batimentos cardíacos não é 100% confiável, mas deve atender quem não procura exatidão, a tecnologia que acompanha a saturação de oxigênio no sangue, comumente encontrada em relógios inteligentes caros, a exemplo do Apple Watch Series 6, funcionou adequadamente durante os meus testes. E o monitor de acompanhamento do sono é outro sistema que a Huawei domina, por ser muito preciso e detalhado. Eu também não posso deixar de elogiar o aplicativo Huawei Health, que vem ganhando melhorias significativas e integração consistente a cada nova versão.

Mas eu disse que a Huawei Band 6 não é para todo mundo. Pois bem, por ora, este dispositivo só faz sentido para quem usa Android, sobretudo para donos de smartphones Huawei. A ausência de player de música e outros recursos no iOS fazem a Mi Band 6 ser a melhor opção para quem está no mundo da Maçã — e mais uma vez reforço: a pulseira da Xiaomi funciona muito bem nos aparelhos da Apple. A Huawei Band 6 é uma ótima smartband para Android e só alimenta a minha ansiedade de saber o que pode vir depois desta geração.

Huawei Band 6: design ousado e recursos de saúde

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