O Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas no ranking de governo digital feito pelo Banco Mundial, superando até mesmo EUA e Canadá. Na classificação global, o País é o sétimo colocado entre 198 economias avaliadas. Entre os países do top 10, é o único a ter mais de 100 milhões de habitantes.
Brasil é líder em governo digital, diz Banco Mundial
O GovTech Maturity Index do Banco Mundial vai de 0 a 1. O Brasil ficou com 0,92, bem acima da média global, que é de 0,52. Coreia do Sul, Estônia, França, Dinamarca, Áustria e Reino Unido estão acima na lista.
Em seu relatório, o Banco Mundial destaca que o Brasil é um líder em sistemas de governo e instituições para viabilizar a digitalização. O Comitê de Governança Digital é citado como responsável por essa transformação, e a existência de uma estratégia de governança de dados, proteção de dados e segurança que vai até 2022 é elogiada.
O documento também menciona o Marco Regulatório da Inteligência Artificial, que foi disponibilizado para consulta pública em dezembro de 2019 e aprovado pela Câmara recentemente.
Em termos de serviços para o cidadão, o Banco Mundial destaca o portal gov.br, que permite acessar diversos órgãos públicos com um único login e senha. A entidade ainda ressalta que ele tem mais de 80 milhões de usuários, 40 vezes mais do que em janeiro de 2019. O governo brasileiro fala em 115 milhões de usuários.
Como lembra a Agência Brasil, o País teve uma série de serviços digitais lançados recentemente, como o auxílio emergencial, as carteiras digitais de trabalho e de trânsito e o Pix.
A plataforma Fala.BR, usada como ouvidoria e portal de acesso à informação, também consta no relatório, assim como o Software Público Brasileiro, que existe desde 2007 e oferece 60 soluções de código aberto para diferentes setores.
Banco Mundial avalia 48 indicadores
O GovTech Maturity Index é um índice do Banco Mundial para medir a maturidade digital de governos ao redor do mundo. Ele leva em consideração 48 indicadores divididos em quatro componentes.
O primeiro componente mede a existência de sistemas digitais de governo. Ele agrega indicadores como existência de uma nuvem governamental, de órgãos para promover software livre, de uma plataforma de interoperabilidade e de sistemas para gerenciamento fiscal, controle alfandegário e investimento público, entre outros.
O segundo mede a entrega de serviços públicos, com indicadores que avaliam a disponibilidade de sistemas para cidadãos e empresas.
O terceiro mede o engajamento cidadão, avaliando a existência de portais de dados abertos e plataformas para contribuir nas decisões políticas.
O quarto e último mede a viabilização de um governo digital, checando se há entidades focadas no assunto, leis e autoridades para proteção de dados, programas para capacitação da população e identificação nacional única para os cidadãos.
O Brasil obteve pontuação média de 0,92, e os quatro componentes ficaram bem equilibrados, com notas entre 0,91 e 0,93.
Com informações: Agência Brasil, Banco Mundial
Brasil é 7º no ranking mundial de governo digital e 1º nas Américas
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