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China diz que todas as criptomoedas são ilegais e bitcoin despenca

O Banco Popular da China (PBoC) reiterou nesta sexta-feira (24) sua postura contra o bitcoin (BTC) e as demais criptomoedas, dizendo novamente que todas as atividades com moedas digitais são ilegais no país. Além disso, a autoridade monetária chinesa prometeu intensificar a repressão a esse mercado. As ameaças impactaram os preços dos principais criptoativos.

China vem tomando medidas contra bitcoin e outras criptomoedas (Imagem: RABAUZ/Pixabay)
China vem tomando medidas contra bitcoin e outras criptomoedas (Imagem: RABAUZ/Pixabay)

O bitcoin acumula uma desvalorização de cerca de 5% nas últimas 24 horas, enquanto o ether (ETH) perdeu 7,5% de seu valor no mesmo período. Conforme aponta o índice CoinDesk, o BTC chegou a despencar 10% entre as 05h e 08h desta manhã, atingindo o preço mínimo de US$ 40.750. Já o ETH caiu de US$ 3.174 para US$ 2.738 nesta quinta-feira. Ambos os ativos digitais já recuperaram parte das perdas.

Preço do bitcoin nas últimas 24 horas (Imagem: Reprodução/ CoinDesk)

O impacto das declarações do banco central chinês fez o mercado de criptomoedas perder US$ 150 bilhões. Dados do CoinMarketCap mostram que o setor, que valia mais de US$ 2 trilhões, agora capitaliza aproximadamente US$ 1,85 trilhão.

BC chinês reitera proibições sobre criptomoedas

A renovação do discurso proibicionista chinês ocorreu em uma declaração postada no site do PBoC, que dizia que os serviços que oferecem negociação, combinação de pedidos, emissão de tokens e derivativos de moedas virtuais são estritamente proibidos no país. As exchanges de criptomoedas no exterior que fornecem serviços na China continental também são ilegais, afirmou o banco central.

“Exchanges de moedas virtuais no exterior que usam a Internet para oferecer serviços a residentes domésticos também estão realizando atividades financeiras ilegais”, disse a autoridade monetária. Funcionários dessas corretoras de criptomoedas estrangeiras serão investigados, acrescentou o PBoC.

Na declaração, o banco central chinês também afirmou que aprimorou seus sistemas para intensificar o monitoramento de transações relacionadas a criptomoedas a fim de eliminar os investimentos especulativos sobre elas. Por fim, o PBoC reiterou a proibição imposta inicialmente no final de junho: “As instituições financeiras e de pagamentos não bancárias não podem oferecer serviços, atividades e operações relacionadas a moedas virtuais”, disse o banco central.

Repressão chinesa ocorre desde 2017

China luta contra bitcoin desde 2017 (Imagem: Marco Verch/Flickr)
China luta contra bitcoin desde 2017 (Imagem: Marco Verch/Flickr)

A relação da China com o bitcoin e as outras criptomoedas é tensa desde 2017, quando o governo baniu corretoras de ativos digitais do país. Porém, foi neste ano que Pequim intensificou sua repressão com inúmeras medidas e declarações proibicionistas sobre as moedas digitas no país.

O governo chinês entende que os criptoativos são um risco como investimento devido a sua típica e alta volatilidade. Além disso, o uso de moedas digitais no país para transações diminui o controle monetário que Pequim quer manter sobre o mercado doméstico. O bitcoin, por exemplo, pode oferecer concorrência a atrapalhar na implementação da moeda digital do banco central da China (CBDC), o iuan digital.

As repressões se tornaram ainda mais intensas sobre os mineradores de criptomoedas que atuam no país. Desde o início do ano Pequim vem dificultando operações do tipo no país por consumirem muita energia e atrapalharem nas metas climáticas estabelecidas. O país é o maior emissor de carbono do mundo e se propôs a atingir a neutralidade de carbono até 2060.

Com informações: CNBC

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