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Apple rebate UE: sideloading deixaria iOS tão vulnerável quanto Android

A Apple resolveu partir para a ofensiva contra o projeto de lei da União Europeia que forçaria usuários a instalarem softwares e apps fora do ecossistema da App Store. A fabricante do iPhone elaborou um relatório de pesquisa que critica a falta de segurança oferecida por lojas de competidores no Android, sistema que coloca clientes em risco por conta do download de malwares e apps suspeitos.

App Store no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
App Store no iPhone (Imagem: Tecnoblog)

O documento elaborado pela Apple cita os riscos do sideloading em marketplaces de apps para Android. Sideloading é justamente quando o usuário baixa softwares fora do ecossistemas das lojas para aplicativos.

Android tem mais chances de ser infectado por malware

A prática de sideloading não é permitida para os sistemas operacionais da Apple, como iOS e iPadOS. Segundo a empresa, isso protege os usuários de ataques hackers, apontando que dispositivos Android têm 47 vezes mais chances de serem infectados por malwares em relação a iPhones.

O relatório feito pela Apple reúne informações de diversos órgãos de governos ao redor do mundo sobre o tema de cibersegurança, inclusive do Departamento de Segurança Nacional dos EUA e de seu correspondente da Europa — ambos produziram pesquisas sobre segurança no download de apps.

“Manter a segurança e privacidade no ecossistema do iOS é de vital importância para os usuários (…) Apoio a sideloading pelo download direto de aplicativos de terceiros poderia lesar a privacidade e medidas de proteção que fazem o iPhone tão seguro, além de expor usuários a sérios ricos e brechas de segurança”.

Em junho, o CEO da Apple, Tim Cook, defendeu o controle da App Store e como isso protegia os clientes da marca. A empresa publicou na época uma pesquisa sobre os riscos de sideloading. No mesmo mês, reguladores estadunidenses cogitaram aprovar uma lei que exigia que a App Store permitisse baixar apps de terceiros.

Sideloading resultaria em menor número de downloads

Além de citar governos, o relatório também usa dados da consultoria de cibersegurança Kaspersky Lab. De acordo com a firma, usuários de Android são alvo de pelo menos 6 milhões de ataques hackers por mês.

Outros exemplos que são apontados pela Apple que indicam uma falta de segurança maior para o Android incluem um app que clonava a aparência do Clubhouse, aplicativo de conversas de áudio, para roubar dados dos consumidores; e um malware que estava disfarçado como upgrade de segurança, que pedia aos usuários para que desabilitassem barreiras de segurança dos dispositivos.

Por fim, a Apple diz que abrir a App Store para sideloading causaria ceticismo nos usuários, o que, por sua vez, levaria a menos downloads:

“Se a Apple fosse forçada a apoiar o sideloading via download direto e de apps de lojas de terceiros, os usuários do iPhone ficariam em um estado de alerta constante para evitar golpes, nunca sabendo em quem confiar. Como consequência, eles baixariam menos apps de desenvolvedores.”

A empresa é crítica à comissária da União Europeia, Margrethe Vestager, que rege algumas investigações sobre o monopólio de big techs como Amazon e Google, além da própria Apple. O rascunho da proposta que obriga a fabricante do iPhone a abrir a App Store deve ser aprovado por reguladores da UE e países do bloco antes de se tornar uma lei. Isso só deve ocorrer em 2023.

Com informações: Reuters e Cnet

Apple rebate UE: sideloading deixaria iOS tão vulnerável quanto Android

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