Em meio a investigações no Congresso americano, as big techs estão registrando despesas cada vez maiores com políticos do país. Em 2020, as empresas gastaram US$ 124 milhões com lobby e doações de campanha. A lista é dominada por Facebook e Amazon, que apareceram pela primeira vez na lista, já ocupando as primeiras posições.
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Os dados foram divulgados no relatório da organização Public Citizen, que aponta uma alta de 5,9% nas despesas das big techs com parlamentares americanos na comparação com 2018, quando os gastos ficaram em US$ 117 milhões. Na eleição presidencial anterior, em 2016, o setor gastou US$ 91 milhões, indicando crescimento de 36% em 2020.
O relatório indica que, em 2020, as empresas de tecnologia investiram US$ 108 milhões em lobby e US$ 16 milhões em doações de campanha. O Facebook e a Amazon aparecem em primeiro e segundo lugar, respectivamente, nos gastos com lobistas considerando todas as empresas.
O Facebook gastou US$ 19,6 milhões com lobby em 2020, 122% a mais do que em 2016. A Amazon, por sua vez, destinou US$ 18,7 milhões, o que representa uma alta de 70% sobre quatro anos atrás. Para se ter uma dimensão do domínio das duas empresas, a Comcast, que ocupa a terceira posição, gastou “apenas” US$ 14,4 milhões.
Lobby de Facebook, Amazon, Google e Apple
No levantamento, a Public Citizen não destaca os gastos em lobby de Google e Apple, mas indica que eles caíram em relação a 2018. Mas, ainda que as duas sequer apareçam na lista das oito empresas com as maiores despesas nessa área, o investimento somado das quatro big techs – incluindo Facebook e Amazon – cresceu.
O grupo também ampliou o número de lobistas na capital americana, passando de 293, em 2018, para 333, em 2020. Entre os 10 lobistas que mais fizeram contribuições durante a eleição dos EUA em 2020, 5 trabalham em nome de Facebook, Amazon, Google e/ou Apple. Esses profissionais somaram cerca de US$ 2 milhões em doações.
Como é esperado, o foco das quatro empresas está em parlamentares que tratam de questões sobre privacidade e concorrência. Segundo o relatório, 94% dos membros do Congresso que discutem esses temas receberam dinheiro de ao menos uma big tech. Ao todo, os políticos que debatem a regulação do setor receberam US$ 3,2 milhões das companhias.
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