Há quase dois anos, Elon Musk, CEO da Tesla, disse que os carros da empresa seriam totalmente autônomos até o final de 2020. Avancemos para 2021: o bilionário ainda não conseguiu cumprir essa promessa. Pior: a Tesla agora diz que o programa beta Full Self-Driving não é adequado para a condução totalmente autônoma, sem interferência do motorista, revelam cartas da montadora enviadas ao Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia.
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Os documentos foram obtidos pelo site PlainSite e mostram que integrantes do DVM solicitaram mais informações sobre o Full Self-Driving. O órgão também queria saber se a Tesla pretendia moderar a supervisão humana quando a tecnologia fosse mais abrangente. Em resposta, a empresa disse que o Full Self-Driving é limitado e que o software beta “não é capaz de reconhecer ou responder a objetos estáticos e detritos de estradas”.
Em outro momento, a Tesla explica que não espera avanços significativos e completa: “não esperamos transferir a responsabilidade por toda a tarefa de direção dinâmica para o sistema”. De acordo com a montadora, a tecnologia deve permanecer em nível 2, que é a automação parcial (semiautônomo) — significa que o veículo pode tomar decisões sozinho, mas o condutor precisa ficar atento para intervir em casos urgentes.
As informações presentes na carta e as falas de Musk mostram que não há sintonia entre executivo e empresa. Em dezembro passado, o CEO disse que a Tesla chegaria ao nível 5 (automação plena) no final deste ano: “extremamente confiante”, disse.
Tesla quer expandir Full Self-Driving
Apesar disso, a Tesla está empenhada em impulsionar o programa beta Full Self-Driving. A marca já adiantou que vai expandir a versão 8.3 do software para mais veículos e que os clientes interessados já podem entrar em contato para solicitar. A demanda pela tecnologia é alta, tanto que a Tesla disse que disponibilizaria um botão no painel do veículo para fazer o download.
Com informações: Ars Technica
Tesla explica que “Full Self-Driving” não é condução autônoma de verdade
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