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Deathloop: tem cara de roguelike, mas promete ir além

Deathloop é o próximo game da Bethesda que, apesar de agora fazer parte do time Xbox, manterá este título exclusivo no PS5 (por enquanto) e PC. Com previsão para 14 de setembro, o jogo trabalha a ideia de loop temporal sem ser um roguelike, segundo os desenvolvedores. O Tecnoblog assistiu a uma prévia de Deathloop e bateu um papo com a Arkane Studios (Dishonored, Prey). Confira, a seguir.

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Deathloop (Imagem: Divulgação/Bethesda)

A demonstração de Deathloop que assisti, ainda em versão beta, partiu da introdução do jogo, e apresentação de alguns personagens, até alguma exploração da misteriosa ilha Blackreef, uso de armas e poderes, além de algumas missões. Não vou detalhar tudo isso, neste momento, porque como apenas assisti a gameplay não posso dar um parecer mais preciso se todas essas coisas funcionam bem mesmo.

Mesmo estando ainda numa versão beta, o estilo visual do jogo (com várias referências aos anos 60 e 70) salta aos olhos nas roupas, arquitetura dos locais e até mesmo no tipo de vida dos personagens. Provavelmente, quem jogou Dishonored terá alguma sensação de “déjà vu” em Deathloop, não pelo aspecto “noir” do jogo anterior da Arkane, mas pela escolha de uma estética híbrida (misturando estilos visuais de épocas diferentes) para compor os cenários. Deathloop é, inclusive, bem mais colorido que Dishonored.

Loops e sistema de progressão

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Deathloop (Imagem: Divulgação/Bethesda)

Falando mais especificamente da gameplay, uma das dúvidas que se pode ter é em como criar um jogo, totalmente sustentado por um time loop, sem que este não fique repetitivo e, convenhamos, chato. Dinga Bakaba, diretor de Deathloop, afirma que a maneira como os loops foram criados faz com que a progressão no jogo não se torne uma perda de tempo para o jogador.

“A maneira como vemos esses loops é que eles não são uma unidade de progressão. O loop é o estado do mundo. Mas o estado da sua progressão é, na verdade, como você conclui seus objetivos”, explica Bakaba. “Garantimos que há a oportunidade de se concentrar no que realmente queira fazer em cada ciclo.”

Em outras palavras, digamos que numa missão hipotética (principal ou secundária) você queira ir até um local onde está um NPC alvo, mas é necessário aprender mais sobre ele. Quando o loop começar, o jogador pode pular diretamente para este ponto de interesse. É possível, segundo o diretor do jogo, pular os períodos do dia e ir direto para a noite, por exemplo, para fazer o que quiser. Você sequer precisa tentar eliminar o alvo agora, mas apenas extrair mais informações e seguir adiante. Todas essas atividades (escolhidas pelo jogador) contam como progressão no game.

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Deathloop (Imagem: Divulgação/Bethesda)

“Toda a progressão do jogo é totalmente opcional. (…) Tomamos o cuidado para que os distritos sejam ricos o suficiente; cada período é bem diferente do anterior e do próximo. Portanto, há muitas coisas a fazer.”, conta o diretor. “Então, eu acho que a possibilidade do jogador definir seus próprios objetivos é, provavelmente, uma das maneiras de evitar que as coisas sejam frustrantes”.

Dinga Bakaba acrescenta, ainda: “se está frustrado com alguma coisa, pode simplesmente fazer algo diferente. Você não precisa bater cabeça com algo que, de alguma forma, está bloqueado no momento. É possível simplesmente ir para outro lugar ou para algum outro período de tempo.”

O diretor enfatiza que o jogador é livre em sua própria progressão. Ele afirma, ainda, que Deathloop não é um jogo onde você fará a mesma sequência de ações do início ao fim e, quando morrer, terá que repetir isso tudo de novo. “Definitivamente, esse não é o caso aqui. É sobre o que você está fazendo neste mundo que continua se redefinindo”, conclui Bakaba sobre esse tópico.

Mas como o tempo passa em Deathloop?

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Deathloop (Imagem: Divulgação/Bethesda)

O diretor explica que quando o jogador começa o dia, em Blackreef, este inicia sua aventura pela manhã e, a partir daí, pode escolher para onde ir. Há quatro períodos de tempo que se pode explorar: manhã, meio dia, tarde e noite. Esses períodos se aplicam aos quatro distritos: The Complex, Updaam, Fristad Rock e Karl’s Bay. Cada local da ilha difere significativamente dependendo da hora do dia que o visitar. Novas áreas do mapa podem ficar acessíveis também.

“Ao entrar num distrito, você pode passar o tempo que quiser nele”, comenta Bakaba. “Ao escolher por sair de um distrito é que o jogo mudará de manhã para tarde, por exemplo. Então, basicamente, o tempo avança em períodos. Se morrer e ficar sem “rewinds” (usado para ganhar sobrevidas), você voltará ao início do dia. E, a qualquer momento, é possível optar por pular um período de tempo e ir diretamente para onde precisa estar ou onde deseja explorar.

Parece, mas não é um roguelike

Dinga Bakaba afirma que, apesar do gênero roguelike ser bastante apreciado entre o time da Arkane, Deathloop tem uma pegada um pouco diferente porque não existe a noção de que chegar ao fim do dia não seja um objetivo. “No geral, não há repetição. É estranho dizer isso sobre o loop temporal, mas não há repetição forçada no sentido de que se você não quiser fazer a sessão da manhã, é possível pular para a tarde, por exemplo.”

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Deathloop (Imagem: Divulgação/Bethesda)

Um dos principais elementos do gênero roguelike é a natureza de cenários gerados de forma procedural. Em Deathloop, o mundo é determinado a seguir alguns caminhos e a Arkane afirma que essa é a experiência planejada até para saber onde os personagens estão. No entanto, nem tudo é estático, até mesmo para não se tornar previsível demais.

“Existem algumas pequenas coisas aleatórias, como: as pessoas podem acordar uma manhã e decidir pegar uma espingarda em vez de uma SMG – por exemplo. É a mesma pessoa, mas que fez uma escolha diferente”, conta Bakaba. “Isso é importante para a sensação de dominar o loop de tempo, conhecendo esse pequeno mecanismo de mundo, para que se possa extrair informações e tentar mudar e manipular as coisas.”

O diretor afirma que essa escolha de mecânica mais livre de manipulação de ações e consequências só foi possível num mundo predeterminado, ou seja, “controlado” de certa forma pelos desenvolvedores.

Bom, agora é esperar o lançamento e conferir se Deathloop entregará mesmo tudo o que promete. E você, pretende jogá-lo? O game terá dublagem e legendas em português do Brasil.

Deathloop: tem cara de roguelike, mas promete ir além

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