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Oi cresce na fibra óptica, mas sofre prejuízo de R$ 3,5 bilhões

A Oi divulgou o balanço financeiro do 1° trimestre de 2021. A operadora apresentou prejuízo de R$ 3,5 bilhões, o que representa uma redução de 44% no comparativo anual. A receita líquida também encolheu, e a empresa passou a considerar o negócio de mobilidade e TV paga como operações descontinuadas.

Loja da Oi em shopping. Foto: Divulgação

Loja da Oi (Imagem: Divulgação)

Resultados financeiros da Oi – 1° trimestre de 2021

Veja os principais destaques financeiros do primeiro trimestre e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:

Indicador 1° trimestre de 2021 1° trimestre de 2020 Diferença
Receita líquida total R$ 4,45 bilhões R$ 4,74 bilhões -6,2%
Prejuízo líquido R$ 3,5 bilhões R$ 6,28 bilhões -44,2%
Dívida líquida R$ 25,17 bilhões R$ 18,13 bilhões +15,5%
Capex (investimentos) R$ 1,86 bilhão R$ 1,79 bilhão +7,3%
Unidades Geradoras de Receita (acessos) 53,8 milhões 52,65 milhões +2,2%

A Oi justifica que as medidas restritivas da pandemia de COVID-19 causaram impacto na receita líquida, e o recuo principalmente observado no segmento corporativo.

Oi enxerga virada com crescimento de fibra óptica

O segmento residencial teve faturamento estável no comparativo com o ano anterior e alcançou a marca de R$ 1,3 bilhão. No serviço de fibra óptica, a operadora registrou crescimento de 189,1% no comparativo com 2020, mas a cifra ainda é menor que voz fixa e banda larga prestados com tecnologia de cobre.

A Oi terminou o período 10,4 milhões de unidades geradoras de receitas (clientes), queda de 3,3%. O resultado negativo ocorreu por conta das desconexões do cobre, cujo segmento encolheu 36,6% no comparativo anual.

A fibra óptica é a principal aposta da companhia, e os números são positivos: a Oi terminou o mês de março com crescimento de 163,1% nas casas conectadas com Oi Fibra, e houve salto de 36,3% nos clientes de TV por assinatura via IPTV. A tele ultrapassou a marca de 2,5 milhões de clientes com tecnologia FTTH, incluindo acessos de pequenas e médias empresas.

A operadora já enxerga tendência de alta nas finanças residenciais com o crescimento da fibra óptica. A expectativa é que o número de clientes aumente, principalmente considerando que a banda larga Oi Fibra chegou a São Paulo com planos competitivos e deve cobrir 2 milhões de domicílios (home passed) no estado até o final de 2022.

A cobertura de fibra óptica fechou o mês de março com disponibilidade para contratação em 10,5 milhões de domicílios. A Oi espera terminar o ano de 2021 com até 15 milhões de casas cobertas com internet Oi Fibra.

Oi Móvel é considerada como serviço descontinuado

O balanço do 1° trimestre traz um marco importante para a Oi: a empresa passou a considerar o negócio de mobilidade como um serviço descontinuado. A Oi Móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo em dezembro de 2020 pelo valor de R$ 16,5 bilhões, mas o negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade e Anatel.

O segmento de telefonia celular teve receita líquida de R$ 1,54 bilhão, queda de 6,4% no comparativo com o ano anterior. É importante destacar que esse faturamento é maior que todo o negócio residencial, e a Oi perderá essa renda após a conclusão da venda do braço móvel.

Mesmo considerando o negócio legado, a Oi comemora que empatou com a Claro nas adições líquidas de clientes do pós-pago, que pagam mais por serviços de celular no comparativo com o pré-pago. A operadora atribui o sucesso ao novo plano com internet 4G ilimitada por R$ 99,90 mensais.

A Oi terminou o 1° trimestre de 2021 com 38,5 milhões de clientes de telefonia móvel. Sua rede móvel está presente em 3.611 municípios, das quais 1.042 cidades tem tecnologia 4G, 1.657 contam com 3G e 3.499 possuem sinal em 2G.

Oi cresce na fibra óptica, mas sofre prejuízo de R$ 3,5 bilhões

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