A nova política de privacidade do WhatsApp causou mais turbulência do que o Facebook esperava: usuários se assustaram com o que parecia ser uma ameaça de apagar a conta de quem não aceitasse essas regras, e passaram a usar concorrentes como Telegram e Signal. Qual foi o efeito disso no app? Segundo a própria empresa, praticamente nenhum.
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O WhatsApp diz ao TechCrunch que, das centenas de milhares de pessoas que já foram notificadas, a “vasta maioria” aceitou a nova política de privacidade. E o app continuou crescendo mesmo após toda a polêmica, ainda que a empresa não divulgue números exatos. Em fevereiro de 2020, ele tinha mais de 2 bilhões de usuários ativos mensais.
O Facebook não detalha a quantidade de usuários em cada um de seus apps, revelando apenas a soma de sua família de aplicativos – Instagram, WhatsApp, Messenger e o próprio FB. Eram 3,45 bilhões no final de março, contra 3,3 bilhões no final do ano passado.
A nova política do WhatsApp começa a valer na semana que vem, a partir de 15 de maio (um sábado). Desta vez, o app tenta ser mais claro sobre o que a mudança significa: a privacidade de mensagens pessoais não muda, mas empresas poderão gerenciar mensagens com ferramentas do Facebook. A ideia é permitir que o app ganhe dinheiro através do uso comercial, incluindo compras através do WhatsApp Pagamentos.
WhatsApp bloqueia mensagens de quem não aceitar regras
O que vai acontecer com quem não aceitar as novas regras? A conta não será apagada, mas se tornará menos útil:
- os usuários poderão receber chamadas e notificações “por um curto período de tempo” – ou seja, algumas semanas – mas não poderão ler nem enviar mensagens;
- a conta será desativada após cerca de 120 dias (contando a partir de 15 de maio), mas o conteúdo armazenado no celular será mantido até que o usuário apague o WhatsApp – e se o app for reinstalado, esse conteúdo voltará a ficar disponível.
“Continuaremos a fornecer lembretes aos usuários do WhatsApp nas próximas semanas”, garante a empresa.
A mudança de política foi questionada pelo Procon-SP e pela Senacon no Brasil, e teve repercussão em países como Índia, Turquia e Itália.
WhatsApp cresceu mesmo após polêmica sobre regras de privacidade
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