Os dados mais recentes da Anatel mostram que a fibra óptica passou a responder por mais da metade de todos os acessos de internet fixa no Brasil. Dos 36,3 milhões de contratos de banda larga contabilizados pela agência, 51,5% utilizam tecnologia FTTH, em que a fibra chega dentro da casa do cliente.
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A fibra óptica já era a principal tecnologia de banda larga no Brasil desde março de 2020. Um ano depois, a modalidade FTTH (fibra até a casa do assinante) superou pela primeira vez a soma de todos os outros meios de acesso como cabos metálicos (xDSL ou Ethernet), cabo coaxial (HFC), rádio e satélite.
Vivo e Oi são grandes na fibra, mas regionais se destacam
De todos os 18,7 milhões de acessos de fibra óptica, a Vivo é a operadora líder no segmento, com 20,1% do mercado. A Oi aparece em sequência, com 14,9%, seguida pela Brisanet, com 3,6%. Das outras grandes empresas, a Claro aparece no ranking com 2,7%, seguida pela TIM com 1,8%.
Ainda que a fibra óptica tenha a maioria dos acessos, as grandes operadoras possuem participação de apenas 39,5% na tecnologia FTTH. Os provedores regionais são os verdadeiros protagonistas na popularização da fibra no Brasil, e juntos possuem 11,3 milhões de assinantes nesse meio de acesso.
Na prática o percentual de fibra óptica deve ser ainda maior, uma vez que nem todos os pequenos provedores reportam seus dados para a Anatel, o que causa subnotificação nos números de banda larga.
O crescimento da fibra óptica no Brasil
Há 10 anos, era praticamente impossível prever que a fibra óptica seria a principal tecnologia de banda larga residencial do Brasil num futuro próximo: o serviço até existia na época, mas era caro e tinha cobertura limitada a bairros mais ricos de grandes cidades.
De acordo com os dados da Anatel, o salto da fibra óptica começou no final de 2016, quando a tecnologia ainda disputava acessos com as conexões via rádio. O crescimento mais expressivo iniciou em 2017, quando a Anatel flexibilizou as regras para prestadoras de pequeno porte.
Os investimentos em fibra das grandes operadoras
Com exceção da Claro, as grandes operadoras têm encontrado dificuldade em manter clientes de banda larga com tecnologia antiga. O investimento em fibra óptica está no radar de investimento de todas as principais teles.
A Vivo é uma das principais operadoras de fibra óptica, mas ainda possui milhões de clientes no cobre, seja nas áreas da Telefônica ou da antiga GVT. A operadora aposta no modelo de franquias para pequenos provedores (Terra Fibra) e em uma rede neutra para cobrir até 5,5 milhões de domicílios.
A Claro já adota a fibra óptica como meio de acesso nas cidades onde passou a atuar a partir de 2018. A operadora atua com serviços de banda larga em 290 municípios brasileiros, e utiliza FTTH em 84 localidades. A empresa também começou a trocar o cabo coaxial pela fibra em alguns bairros de São Paulo (SP).
A Oi é outra protagonista quando se trata de fibra óptica, e também aposta no modelo de rede neutra para substituir a rede legada de cobre. A operadora deve arrecadar até R$ 2,5 bilhões por meio de debêntures conversíveis, e recentemente aceitou uma proposta bilionária do BTG Pactual, e quer levar a cobertura FTTH para 15 milhões de casas até 2021. Recentemente, a tele começou a vender banda larga em São Paulo (SP), com plano de 500 Mb/s pelo preço mensal de R$ 129,90.
Por fim, a TIM também aposta no modelo de rede neutra. Sem revelar valores, a tele firmou um acordo de exclusividade com uma empresa de infraestrutura que ficará responsável pela manutenção e expansão de toda a rede da TIM Live, inclusive a infraestrutura legada de cobre.
Internet via fibra ultrapassa cabo, cobre e rádio juntos no Brasil
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