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China prende 1.100 suspeitos de usarem criptomoedas para lavagem de dinheiro

As autoridades chinesas prenderam mais de mil indivíduos sob acusações de usarem fundos provenientes de atos ilícitos para adquirir criptomoedas em um novo esforço contra a lavagem de dinheiros no país. Apelidada de “Operação Quebra de Cartão”, as ações visam reprimir esse tipo de crime relacionado a fraudes no setor de telecomunicações. O Ministério de Segurança Pública da China divulgou as informações em sua conta oficial do WeChat nesta última quarta-feira (09).

Autoridades chinesas prendem mais de 1.100 pessoas envolvidas com lavagem de dinheiro com criptomoedas (Imagem: Stanislaw Zarychta/Unsplash)

Autoridades chinesas prendem mais de 1.100 pessoas envolvidas com lavagem de dinheiro com criptomoedas (Imagem: Stanislaw Zarychta/Unsplash)

Trata-se da quinta fase de investidas da polícia chinesa contra possíveis casos de lavagem de dinheiro com criptomoedas no país. A operação mais recente teve como alvo pessoas que supostamente usaram moedas digitais para mascarar a origem criminosa dos fundos. As autoridades prenderam mais de 1.100 pessoas e derrubaram 170 organizações, de acordo com Ministério de Segurança Pública.

Esses criminosos geralmente utilizavam cartões SIM falsos ou roubados e contas bancárias recém-criadas para lavar dinheiro proveniente dos golpes aplicados através do sistema bancário tradicional. Porém, com o aumento de vigilância das autoridades sobre instituições financeiras e mercados paralelos, esses grupos se viram forçados a mudar de estratégia. As criptomoedas foram a solução mais óbvia.

Assim, com o auxílio de cambistas ilegais de moedas digitais, os criminosos pagavam uma comissão de seus ganhos para converter o produto das fraudes em criptomoedas, para então transferir o montante para outras contas, a fim de despistar as autoridades. A polícia chinesa não especificou quanto dinheiro pode ter sido lavado por essas organizações.

Operação começou em outubro de 2020

O Ministério de Segurança Pública vem realizando operações para reprimir crimes de lavagem de dinheiro relacionados às moedas digitais em 23 províncias e regiões da China, incluindo a cidade de Pequim e as províncias de Hebei e Shanxi.

As operações se intensificaram desde outubro de 2020, quado o Conselho de Segurança da China convocou uma dura repressão às fraudes baseadas em serviços de telecomunicações. Desde então, a polícia chinesa iniciou a “Operação Quebra de Cartão”, que já prendeu mais de 311 mil pessoas e derrubou 15.000 organizações criminosas, de acordo com o Ministério da Segurança Pública.

Para isso, a polícia buscou a cooperação de executivos de exchanges de criptomoedas do país, suspeitos de estar envolvidos na lavagem de dinheiro de organizações criminosas, para ajudar a identificar as atividades.

O fundador da OKEx, Star Xu, e o diretor de operações da Huobi, Jiawei Zhu, estavam sob custódia policial por terem supostamente auxiliado na lavagem de dinheiro de organizações através de suas corretoras. Dong Zhao, um dos principais nomes do mercado paralelo de criptomoedas na China, também foi detido pela polícia chinesa no ano passado e participa das investigações.

Com informações: CoinDesk

China prende 1.100 suspeitos de usarem criptomoedas para lavagem de dinheiro

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