Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra é uma data para celebrar e também refletir sobre o papel das pessoas negras na sociedade. Embora o espaço dado a personagens negros ainda não seja o ideal, é possível encontrar ótimos personagens. Confira uma lista com 10 games com protagonistas negros.
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A lista deixa alguns personagens famosos de fora, mas a ideia é apresentar protagonistas negros com características e histórias únicas. Alguns deles podem não estar em jogos tão badalados, mas a ideia foi apresentar uma lista um pouco diferente das vistas por aí. De qualquer forma, você pode aproveitar os comentários para postar os seus favoritos.
10. Remember Me – Nilin
Nilin uma hacker e ativista que luta contra uma corporação que tem o controle sobre as memórias das pessoas em uma Paris futurista distópica e cheia de desigualdades.
No decorrer do game, Nilin descobre ser um dos poucos indivíduos capazes, não apenas roubar, mas também de manipular memórias. A partir desse ponto ela resolve assumir seu papel em uma revolução para derrubar a corporação, enquanto descobre segredos de seu passado.
Fica aí a indicação para quem gosta de um jogo com temática cyberpunk.
9. Tekken 7 – Eddy Gordo
O capoeirista brasileiro fez sua estreia em 1997 com o lançamento de Tekken 3. Eddy foi preso aos 19 anos, após ter que assumir a responsabilidade pela morte de seu pai que estava prestes a derrubar um cartel de drogas.
Na prisão, Eddy conhece um mestre de capoeira que lhe ensina tudo o que sabe durante os oito anos que ficou preso.
Com uma jogabilidade fácil de aprender, movimentos rápidos e acrobáticos, Eddy se tornou um dos personagens mais populares de Tekken 3 e um dos maiores representantes da capoeira nos games.
No decorrer dos títulos, Eddy passa seus conhecimentos para a neta de seu mestre, a também brasileira Christie Monteiro, luta para conseguir uma cura para a grave doença de seu mestre e se junta à Jin Kazama para tentar derrubar Kazuya Mishima, o verdadeiro responsável pela morte de seu pai.
8. Gears of War – Augustus Cole
Cole “O Trem” é um dos principais personagens da série Gears of War. Ele foi um famoso jogador de “Trashball”, esporte que lembra o futebol americano no mundo de Gears.
Após o Emergency Day e a invasão Locust, que ocasionou a morte de seus pais, Cole abandonou a vida de esportista e celebridade. Sua ida para o exército, motivou muitos a se alistarem e terem esperanças de vencerem os Locust.
Cole pode não ser o protagonista de Gears of War, porém marcou presença em diversos games da franquia e continuou ajudando os novos personagens da série no campo de batalha.
7. Watch Dogs 2 – Marcus Holloway
Marcus Holloway foge de alguns esteriótipos de personagens negros. Ele não é um atleta, um militar ou um gangsta, mas sim um hacker.
Após ser acusado e punido injustamente por crime digital, Marcus decide se juntar a uma iniciativa de hackers para combater a Blume, empresa responsável pelo principal sistema de segurança e detentora do monopólio de informação no mundo de Watch Dogs.
Apesar de sua história, Marcus tem uma personalidade mais leve e garante um tom bastante diferente de Aiden, protagonista do primeiro título da série.
6. Dandara – Dandara
Dandara é a protagonista do metroidvania produzido pelo estúdio brasileiro Long Hat House. A personagem é inspirada em Dandara dos Palmares descrita como uma guerreira e líder no Quilombo dos Palmares.
Mesmo que não existam registros de sua imagem, Dandara ganhou status de lenda. A personagem do game também luta por liberdade e tem o objetivo de trazer o equilíbrio para seu mundo, em um universo que apresenta diversos elementos da cultura brasileira.
5. Uncharted 4 e Uncharted Lost Legacy – Nadine Ross
Nadine Ross é uma das principais antagonistas de Uncharted 4. Ela está na lista por ser uma mulher forte, não apenas fisicamente, mas por sua personalidade, inteligência e habilidades de combate. Nadine chegou a dar algumas surras nos irmãos Drake, sendo um perigo constante durante todo o jogo.
Um dos pontos interessantes é que Nadine decide fazer as coisas ao seu modo e muitas vezes diverge de seu “chefe”. Algo que foge do clichê “capanga-braço-direito-obediente”. Tanto que em certo momento do game, ela desiste de tomar um determinado risco, abandona o patrão playboy e garante sua sobrevivência.
Em Uncharted Lost Legacy, Nadine retorna como coprotagonista, formando uma ótima dupla com Chloe Frazer. Neste jogo, descobrimos um pouco mais de seu passado e conhecemos outro lado de sua personalidade.
4. Spider-Man: Miles Morales – Miles Morales
Pensei duas vezes em colocar Miles Morales na lista por não ser um personagem criado para os games, mas ele participou de alguns jogos e protagonizou o recente Spider-Man: Miles Morales que mostra uma nova perspectiva do herói.
A maneira como o roteiro coloca Miles se tornando o novo protetor de Nova York na ausência de Peter Parker, ao mesmo tempo em que mostra a necessidade dele construir a sua própria identidade como herói, lidando com os conflitos típicos da juventude. Esses aspectos são interessantes e fazem com que você se conecte com ele.
Spider-Man: Miles Morales é um jogo tão bom ou até melhor do que Spider-Man de 2018, por ser uma aventura mais concisa e objetiva.
3. Assassin’s Creed III: Liberation – Aveline de Grandpré
Aveline foi a primeira protagonista feminina em Assassin’s Creed. Não apenas isso, como também foi a primeira protagonista negra nos games da série. Aveline é filha de uma escrava com um comerciante bem-sucedido. Dessa maneira, ela consegue circular entre a alta sociedade da Louisiana, enquanto liberta escravos e enfrenta os templários nos anos de 1700.
O jogo aproveita o contexto histórico para utilizar uma das principais características dos Assassinos: a furtividade. Aveline pode se vestir como serviçal e assim descobrir segredos em lugares onde só escravos poderiam chegar, enquanto usa seus trajes de dama para frequentar ambientes ricos e descobrir outros pontos das conspirações.
Além disso, não é todo protagonista de joguinho que recebe um rótulo de vinho com o seu nome, não é mesmo?
Isso aconteceu em 2018, quando a Ubisoft fez acordo com a produtora de vinhos Lot18 e lançou uma linha de rótulos baseados na série.
2. The Walking Dead: Primeira Temporada – Lee Everett
Lee era um professor de história que estava sendo preso após matar acidentalmente um político que tinha um caso com sua esposa, mas o início do apocalipse zumbi fez com que sua vida mudasse novamente.
Durante a história, Lee acaba liderando de um grupo de sobreviventes e mais tarde, após um resgate, acaba assumindo a tutela de Clementine. Uma garotinha que embora esperta, não teria chances de sobreviver por muito tempo em um mundo dominado por zumbis.
Ao ter que assumir a paternidade inesperada, Lee ensina Clementine a sobreviver no mundo hostil, enquanto tenta passar princípios para a menina, lidera um grupo em meio a perigos e conflitos.
Esses fatores tornam Lee um dos melhores protagonistas negros nos games. Ele também seria uma presença certa em uma lista sobre os “Melhores pais do mundo do games”.
A primeira temporada de The Walking Dead tem uma história cativante e um final muito emocionante. Vale a pena jogar.
1. The Walking Dead – Clementine
Clementine fica na primeira posição dessa lista de protagonistas negros dos games, não apenas por ser uma ótima personagem, mas por termos a possibilidade de acompanhar todo o seu crescimento e desenvolvimento.
Acompanhamos Clem, desde quando ela era uma garotinha, no início do apocalipse zumbi, passando por seu aprendizado com Lee, a infância difícil sobrevivendo sozinha ou em grupos aleatórios no decorrer dos quatro jogos da série principal.
Quando chegamos ao quarto e último título, vemos uma jovem segura, que se vira muito bem e completa um ciclo, ao liderar seu próprio grupo e procurando transmitir o conhecimento e valores aprendidos com Lee para o pequeno AJ.
Em 2018, quando a TellTale abriu falência e a produção do jogo foi paralisada, fiquei preocupado que o game não fosse concluído, mas a Skybound Interactive assumiu o controle após alguns meses e terminou o desenvolvimento do título.
Apesar de ser um pouco mais curta do que os outros capítulos, a quarta temporada de The Walking Dead encerra todos os arcos criados desde a primeira temporada e vale a sua atenção.
Ainda que o mundo esteja mudando é importante que exista mais inclusão e diversidade para que mais histórias sejam contadas, abordando cada vez mais perspectivas diferentes.
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