O metaverso está cada vez mais perto da própria realidade. Agora, é a vez do Tinder elevar o status do namoro online para um relacionamento de realidade virtual: o aplicativo quer fazer com que as pessoas deem match e se encontrem por meio de avatares. É uma proposta parecida com a do Second Life, mas lembra mesmo o BuddyPoke dos tempos do Orkut.
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O Match Group, empresa por trás do Tinder, deu detalhes de sua estratégia sobre a criação um metaverso para encontros virtuais durante a conferência de resultados da empresa, no dia 2 de novembro.
Bar virtual com encontros que podem ir para o privado
Shar Dubey, CEO do Match Group, disse aos investidores que o aplicativo de encontros pretende investir em itens virtuais até 2022, criando uma estrutura válida dentro do Tinder para hospedá-los. Isso envolveria refinar a plataforma para melhorar os as soluções oferecidos, mas a executiva parecia otimista sobre a novidade.
“Se nós acertarmos, eu realmente acho que essa poderia ser uma receita multi-anual para o Tinder, algo que não existe atualmente”, disse Dubey.
Buscando o metaverso, a Match Group deve investir cada vez mais na Hyperconnect, app sul-coreano adquirido pela criadora do Tinder no começo de 2021 por US$ 1,7 bilhão. Dubey mencionou que acredita no potencial em testes da Hyperconnect para criar avatares; ela quer criar uma Cidade Única, com bares virtuais onde usuários conversem por áudio ao vivo.
Segundo a visão da CEO do Match Group, as pessoas podem dizer que estão interessadas umas nas outras nesses espaços virtuais coletivos, e podem escolher migrar a conversa para um chat privado. Dubey disse o seguinte sobre a tal Cidade Única:
“Essa é próxima fase dos apps de relacionamento, em específico, será mais valiosa, mais orgânica e mais parecida com aspectos da vida real de descobrir, conhecer e ficar íntimo de outras pessoas. A tecnologia está finalmente chegando lá. E essa plataforma que a Hyperconnect construiu, a Cidade Única, foi construída de uma forma que pode ser facilmente alavancada para outras plataformas”
Economia interna com os Tinder Coins
Além da plataformas de metaverso, o Tinder pretende criar uma economia virtual com a própria moeda para ser gasta dentro do aplicativo. Ela seria movimentada por meio dos Tinder Coins, que já estão sendo testados em algumas partes da Europa, segundo o Match. Mas a ocorrência será disponibilizada globalmente em 2022, segundo a empresa.
O Tinder Coin será usado para fazer compras de produtos à la carte do Tinder, como por exemplo Boost ou Super Like, recursos para que o perfil ganhe mais matches. Eles também podem ser usados para recursos que ainda serão lançados, como um botão para ver quem curtiu você na rede social.
Mas o Tinder está chegando para surfar na onda do metaverso junto com outras empresas: o Facebook declarou que vai voltar esforços para construir um universo de realidade virtual com games, e espaços customizáveis. A empresa até decidiu mudar de nome para abarcar o conceito do novo universo: Meta.
Além disso, a Microsoft anunciou nesta semana que o futuro do Teams, seu serviço de reuniões de vídeo, será no metaverso. A companhia terá avatares customizáveis para que a pessoa atenda a encontros.
Com informações: TechCrunch
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