A Apple fechou o mês de fevereiro com um número impressionante em sua divisão de dispositivos móveis: o iOS 14, lançado em setembro de 2020, chegou a 80% dos iPhones ativos. A proporção sobe para 86% se considerarmos apenas os iPhones lançados nos últimos quatro anos.
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Os números dizem respeito à medição feita pela App Store em 24 de fevereiro e envolvem também o iPadOS 14 que, como você deve saber, consiste em uma versão específica do iOS 14 para iPad.
Essa versão do sistema operacional já está presente em 70% dos iPads ativos ou, se novamente considerarmos apenas os modelos lançados nos últimos quatro anos, 84% das unidades.
Todos esses indicadores apontam para um ritmo consistente de atualizações no ecossistema do iOS. Isso é perceptível quando comparamos os números de fevereiro com os do final do ano passado.
Na medição de 15 de dezembro de 2020, a Apple constatou que o iOS 14 estava presente em 72% dos iPhones ativos e o iPadOS 14 em 61% da base de iPads em uso. Essas porcentagens subiram para 81% e 75%, respectivamente, quando levadas em conta apenas as unidades vendidas nos últimos quatro anos.
Voltando à medição mais recente, a Apple afirma que 12% dos iPhones ativos atualmente rodam o iOS 13 e 8% contam com versões mais antigas do sistema operacional.
Considerando o iPad, 14% das unidades ativas executam o iPadOS 13 e 16% permanecem com uma versão ainda mais antiga, o que não é necessariamente surpreendente: via de regra, os usuários trocam de iPad com menos frequência na comparação com o iPhone.
Google tenta diminuir fragmentação do Android
Quando o assunto é atualização do sistema operacional, comparar o Android com o iOS requer uma contextualização: a Apple tem a vantagem de lidar com um número proporcionalmente baixo de modelos, portanto, manter o ecossistema com um percentual alto de atualizações acaba sendo uma tarefa mais fácil.
Já o Android está disponível para dezenas de empresas e um sem-número de dispositivos diferentes. Mais do que os esforços dos desenvolvedores da plataforma, manter o sistema operacional atualizado requer comprometimento dos fabricantes. Apesar disso, o Google vem tentando reduzir a fragmentação, embora não possamos pensar em um nível de atualização do Android similar ao do iOS.
Isso fica claro quando olhamos para o Android 10, por exemplo. No meio de 2020, o Google constatou que essa foi a versão do sistema operacional que teve adoção mais rápida.
Em parte, isso foi possível graças ao Project Treble, programa que permite ao fabricante disponibilizar atualizações de sistema sem se preocupar com drivers e outros aspectos relacionados ao hardware, e ao Project Mainline, que possibilita que atualizações de segurança e privacidade sejam lançadas por meio da Google Play Store.
É provável que o Android 11 e versões futuras também consigam ter adoção rápida. Um dos vários fatores que podem contribuir para isso é a parceria que o Google fechou com a Qualcomm para permitir que os chips desta suportem pelo menos três atualizações do sistema operacional.
Neste ponto, a Samsung merece menção honrosa: recentemente, a companhia se comprometeu a atualizar linhas como Galaxy A, M e S por pelo menos quatro anos.
Essa medida vale para updates de segurança. Sobre atualizações do sistema operacional em si, a Samsung deve manter a promessa de garantir liberações por pelo menos três anos. De todo modo, a expectativa é a de que ações como essa se tornem mais frequentes entre os fabricantes.
Com informações: MacRumors.
iOS 14 chega a 80% dos iPhones e Android tenta seguir exemplo
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